(voz: PH Wolf)
Os chocolates de Pessoa
têm um sabor amargo.
Não se dissolvem na boca,
não lembram festas juninas.
Não se assemelham aos voos
que atravessam os dias de sol
em céu (livre) de brigadeiro,
com paladar de reconciliação.
São doces da maturidade
cozidos com ingredientes
exóticos entre pitadas de
sal e frutos da consciência.
Formam navios à deriva de
navegações sem farol sobre os
mares em fúria de ideais traídos.
Engolem a metafísica na arte
do reconhecimento, inclusive
nas noites quentes e lânguidas
do verão das nossas angústias.
Não se dobram às apreensões
e não se encaixam nas peças
malfeitas dos jogos de armar
de adultos em estado de ilusão.
São chocolates que comemos
para saciar uma fome esquisita:
a dos caminhos do nada.
Os chocolates de Pessoa
têm um sabor amargo.
Não se dissolvem na boca,
não lembram festas juninas.
Não se assemelham aos voos
que atravessam os dias de sol
em céu (livre) de brigadeiro,
com paladar de reconciliação.
São doces da maturidade
cozidos com ingredientes
exóticos entre pitadas de
sal e frutos da consciência.
Formam navios à deriva de
navegações sem farol sobre os
mares em fúria de ideais traídos.
Engolem a metafísica na arte
do reconhecimento, inclusive
nas noites quentes e lânguidas
do verão das nossas angústias.
Não se dobram às apreensões
e não se encaixam nas peças
malfeitas dos jogos de armar
de adultos em estado de ilusão.
São chocolates que comemos
para saciar uma fome esquisita:
a dos caminhos do nada.
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